sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Resumo Aula 10 Upadesha Saram - Pazpazes, Porto

Duração da aula 1h16m25s; cânticos iniciais e leitura até ao fim do texto.

Quem sou eu? Quem é essa pessoa? Qual o meu objetivo?

Não conseguindo responder a essas questões elas ficam escondidas ao longo da vida. O ponto principal de Vedānta é lançar uma luz, uma clareza, nessa tema. Mostrar quem eu sou é algo muito mais profundo e transcendental no sentido que o eu está livre das modificações. Isto serve para o ser humano porque fala sobre o ser humano fundamental. Outra questão do Vedānta é perceber a causa do mundo e desse universo. Sem lidar com essa questão também não conseguimos sossegar. A questão sobre o criador é fundamental para nós.

1º) a lógica diz-nos que o Criador deve existir porque se a criação existe deve existir um Criador;
2º) se ele não está aqui, ele deve estar nalgum lugar, talvez num Céu.

A pergunta seguinte será:

Onde estava esse Criador/Deus antes da criação do Céu?

Quando dependemos apenas na lógica a resposta também tem que ser lógica. Não ficamos satisfeitos com respostas sem lógica, como: se Deus é todo-poderoso porque ele não interfere e beneficia ou ajuda as pessoas? E como é que ele decide ajudar? E esse tal de Diabo, o Demónio, Deus permite atuar, ele é uma ameaça, um poder paralelo, de onde ele veio? São perguntas que o intelecto não consegue obter uma respostas satisfatória. Desde sempre, há mais de 20.000 anos, que os Vedas falam sobre assuntos que a mente humana, por si só, não consegue descobrir. Os Vedas são a autoridade nesse assunto. Os Vedas vêm junto com a criação, como se fossem um manual de instruções, os mestres não inventaram esse conhecimento, apenas recebem o texto num estado elevado de meditação.

Entretanto, a professora Glória explica a suposta "teoria da invasão ariana" e a importância e estrutura do Sânscrito.

A visão dos Vedas como o ser humano não separado de um corpo único como o Criador, é a única crença religiosa que vê o Criador na forma de todo o universo, daí a reverência e respeito pelos animais e todos os seres vivos - a ideia é somente existe Deus, não um Deus mas a única coisa que existe é Deus e nada além d'Ele. A religião Hindu, na sua essência, é védica. A Upaniṣad refere que quem vem como convidado deve ser bem recebido, da melhor maneira possível, como a própria divindade que chega. O jovem indiano, hoje em dia, não sabe o que a Upaniṣad, nem a própria Gītā. A professora fala um pouco sobre a história de Svāmi Cinmayānanda, mestre de Swami Dayānanda, e o antes e depois da sua descoberta da grandeza do conhecimento dos Vedas exposta por Svāmi Tapovan. A professora conta também uma história sobre a conversão religiosa levada a cabo por cristãos.

Análise do verso 24: o significado da palavra īśa, īśvara, um ser inteligente que é também, a própria matéria da criação. Ele é também Deus, nada do que existe está separado dele. Ele é o Todo Poderoso que governa através de leis da natureza impessoais que a ciência estuda, que funcionam a todo o momento. A diferença entre o indivíduo e o todo é apenas em termos de veśa, vestimenta/forma. O criador é todo o mundo físico, o mundo das ideias e do inconsciente. Ele é quem dá o conteúdo a esse universo, ele é, de facto, a verdade de todo o universo. Essencialmente não somos diferentes nem separados, em termos da forma parecemos separados - Ele é o universo e eu o indivíduo. A professora Glória conta a parábola da onda e do oceano para explicar melhor esse conceito da não-diferença entre ambos. A mesma consciência que é uma única essencial.

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