quinta-feira, 7 de abril de 2011

Bhagavad Gita, Aula 18 resumo - Vaidika, Maia

Duração da aula 1h09m58s; cânticos iniciais.

O capítulo XVIII é um resumo de toda a Gītā (a guerra dura 18 dias e a Gītā tem 18 capítulos).

No início, Arjuna pergunta a Kṛṣṇa a diferença entre tyāga e sannyāsa. Kṛṣṇa explica que tyāga está relacionado com karma yoga e sannyāsa com a busca de conhecimento. Neste capítulo, Kṛṣṇa faz um resumo do ensinamento da Gītā e, no final (este capítulo é longo - tem 78 versos), Arjuna entende finalmente a situação.

Kṛṣṇa explica que tyāga é em relação aos frutos da ação. A capacidade de receber o que vem sem reação é chamado de tyāga - atitude de prasāda. Sannyāsa é definido como a renúncia de alguns tipos de ação

A professora Glória fala sobre varnas, āśramas e sobre os diferente tipos de sannyāsa falados no capítulo VI: āpat, vividiṣā e vidvat sannyāsa. A renúncia é uma maturidade, uma apreciação de si mesmo. Kṛṣṇa refere que mesmo abandonando a ação algumas coisas devem ser feitas:
1) yajña - relação com o Todo, quer seja oração ou ritual;
2) dānam - capacidade de doar, o necessário, na hora certa, da maneira certa, nem que seja apenas tempo para escutar alguém;
3) tapas - disciplina, segurar os sentidos que querem "correr" de acordo com os desejos e a mente.

Kṛṣṇa fala sobre a ação do verso 12 ao 45 (quase um capitulo independente). Ele procura tornar claro a renúncia da ação, como já tinha sido falado no capítulo III - estar livre da ação é saber que ātman, o eu, nada faz. Como esta matéria é difícil de entender, Kṛṣṇa volta a falar sobre isso.

Karma está vinculado ao corpo. Fatores necessários para a ação:
1) a base da ação (adhiṣṭhāna): fisica, oral ou mental;
2) vijnanamaya (karta/bhokta/entidade/buddhi/identidade);
3) karaṇa (os instrumentos físicos e a mente);
4) prāṇa;
5) daivam - as forças da natureza: capacidade da mente pensar, do ouvido ouvir.

A ação depende destes fatores anteriores. Além desses fatores, aponta-se ainda o conhecimento dos objectos, o tipo de mente, buddhi e o tipo de força. Assim, karma não pode pertencer a ātman, pois ātman que é livre de guṇas. O ātman não está relacionado com karma, nem com karmaphalam. A ação, enquanto indivíduo vai ser sattva, rajas ou tamas. O eu é somente consciência. Com esse entendimento alcança-se o objetivo maior da vida.

O verso 46 deste capítulo completa o verso 47 do capítulo II: fazendo karma yoga a pessoa capacita-se para alcançar o estado de livre da ação, naiṣkarmya. De seguida, Kṛṣṇa explica que o oferecimento será a execução da ação, fazendo o que deve ser feito - essa pessoa alcança o preenchimento da sua vida, a maturidade emocional, a objetividade. Esta ideia completa a anterior. O yogi é aquele que traz esse conhecimento para a sua vida.

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