segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Dakṣiṇāmūrti Stotram, aula 1, resumo - Vaidika

Duração da aula: 1h17m21s; cânticos iniciais.

Dakṣiṇāmūrti é uma forma de Śiva que invoca a destruição da ignorância e aquisição de conhecimento. Os devotos de Dakṣiṇāmūrti são pessoas que desejam o conhecimento e a capacitação para esse conhecimento.

No norte [da Índia] não existem muitos templos a Dakṣiṇāmūrti porque não é uma forma muito especifica, já que, o povo vai mais atrás das eliminações dos obstáculos na sua vida e a satisfação dos prazeres (desejos).

Aqueles que vão atrás do conhecimento são os devotos de Dakṣiṇāmūrti. No sul, Svāmīji instituiu os templos a Dakṣiṇāmūrti nos āśrams.

Candramauli, discípulo de Svāmīji, encontrou uma pedra parecida com um Śiva Liṅga na beira do Ganges e procurou levá-la para o āśram, mas não consegui levá-la nem com a ajuda de transeuntes. Falou com o Svāmīji e ele consegui levantá-la à primeira tentativa. Assim, fizeram um templo a Śiva com essa pedra em Rishikesh. No início, o templo era pequeno e com o tempo foi aumentando.

Dakṣiṇāmūrti é um texto a Śaṅkara. Na imagem de Dakṣiṇāmūrti vê-se que ele tem dois brincos, o do lado direito é masculino e o do lado esquerdo é feminino, simbolizando puruṣa e prakṛti, ou seja, o aspeto masculino e feminino imbutidos nele. Tem também um ḍamaru simbolizando o espaço, os vedas na mão, uma bandana no cabelo, gaṅgā na água da cabeça, pṛthivī é a própria estrutura da imagem, o sol e a lua – hastamūrti; os cinco elementos mais o sol e a lua, e, mais a pessoa que olha para a imagem (jīva, o indivíduo). Também se pode dizer que os ṛṣi são os jīva.

No seu pé tem apasmāra, um āsura com cara de adulto e forma de bebé (“the child within”) – ele é a ignorância, a pessoa que não amadureceu – um bébé no corpo de adulto, dependente, com medo. Dakṣiṇāmūrti não está a destruir apasmāra, mas a controlá-lo. A ignorância é māyā e Dakṣiṇāmūrti não está a deixá-la manifestar-se demais.

Nandī está junto a Dakṣiṇāmūrti, representando o discípulo, o dharma e a alegria do conhecimento, através de Nandī se vê Śiva - que não é diferente de mim.

Dakṣiṇā + mūrti – aquele cuja forma está virada para o Sul. Dakṣiṇā quer dizer o lado direito, na Índia a referência é o Este daí que a frente é Leste, as costas Oeste, o lado direito o Sul, então vāma é o esquerdo que é o Norte. Então Dakṣiṇāmūrti está virado para o Sul, o Norte é o conhecimento, o ponto de atração, o Leste também (o nascer do Sol, o conhecimento) mas Dakṣiṇāmūrti sempre olha o Sul, pois ele está além da morte porque ele é além do tempo. Ganesha não pode olhar para o Sul daí que ele esteja a olhar para o leste. Ou Dakṣiṇ e amūrti, ou seja, não tem forma especifica e é dakṣā aquele que possui toda a a capacidade de manter, destruir.

Em seguida, a professora faz a análise verso-a-verso até ao verso 5.

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