domingo, 20 de novembro de 2011

Dakṣiṇāmūrti Stotram, aula 2, resumo - Vaidika

Duração da aula: 59m33; cânticos iniciais.

A professora fala sobre o livro de Svāmī Tattvavidānanda, “Dakṣiṇāmūrti Stotram,” elogiando-o e aconselhando a sua leitura a quem procura uma análise mais detalhada do texto.

Nas três primeiras linhas o texto fala alguma coisa diferente sobre esse conhecimento e na última sobre Dakṣiṇāmūrti, o mestre. O mestre Dakṣiṇāmūrti que não tem forma específica, que é todas as formas, que está aqui sobre a forma do meu guru mūrti (o meu mestre) é, na verdade, Dakṣiṇāmūrti falando.

Essa criação é uma multiplicidade formas, sons, texturas, cheiros e sabores, todo o universo é muito variado – todo o universo é nāma/rūpa nome e forma. Nome e forma não têm uma existência independente de consciência. O objeto é, a flor é, o livro é – parece existir uma diferença entre os dois mas não existe diferença em termos da existência. Existe uma variedade de coisas quando se foca em rūpa mas a existência não pertence a flor nem a livro – a existência não tem forma específica e não pertence ao objeto, é comum a todo o universo e na ausência do universo a existência é. A existência é comum ao sujeito e ao objecto, a existência é constante. A não-existência não é um vácuo, um vazio, a não existência é. A existência é a verdade do sujeito que pertence mas ao mesmo tempo não pertence ao sujeito está alem do sujeito. É a base do sujeito, a consciência e a existência é um fator constante, satya, real, a única coisa que é sempre. Todos os nomes e formas vão e vêm constantemente.
A professora dá o exemplo do ouro que assume várias formas e nomes, cordão, pingente, brinco colar para mostrar que todo o ouro na verdade não varia, apenas os nomes e formas comparando com a existência e consciência que é constante e a base. Brinco não existe separado de ouro, ouro existe separado de brinco. As formas são projeções e não têm um conteúdo em si mesmo, não têm uma realidade em si mesmo. O poder de māyā é que faz tudo aparecer, como na experiência da cobra e da corda.

A primeira estrutura deśakāla, tempo/espaço, surge para que seja possível a perceção do próprio universo, a sequência do momento presente dá-nos a sensação do minuto, da hora, do dia – são projeção na nossa cabeça – sessenta momentos presentes e dizemos “passou-se um minuto”, “sete dias, uma semana”, reduzido isso tudo resta uma presença sat/cit. Na verdade, o tempo é uma sequência de sat/cit, pontos de referência projetados pela própria mente.
Esse universo é bīja (semente) que se torna uma árvore continuamente, num ciclo não-manifesto/manifesto. A existência em potencial, manifestação e dissolução por māyā. Em análise, tudo é sat/cit. Todo o universo é visto como externo já que a minha referência é o corpo, mas do ponto do visto da consciência tudo isso é interno - īśvara é chamado de “o grande ilusionista” porque faz aparecer esse universo inteiro do seu próprio saṅkalpa, como um grande yogi que tem o poder de criar, projetar, iludir. O material do universo é do próprio īśvara, não vem de forma.

Em seguida a professora faz uma análise detalhada dos versos seguintes.

Imagem retirada de Original Vedic Art

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