Duração da aula 1h08m41s; cânticos iniciais.
A aula começa com o canto do primeiro verso do livro, a oração, que introduz o livro. A professora Gloria explica que este verso é uma saudação ao mestre que escreveu o livro e a apresentação dos quatro pontos básicos de um livro: o adhikārī, a pessoa a quem se dirige (“mumukṣunam” - as pessoas que desejam a liberação do sentimento de limitação), o tema (viṣaya – “tattvabodhaḥ”, conhecimento da verdade, do real, livre da limitação) e phala, o fruto, o resultado final – “hita”, o bem para que se esteja bem consigo mesmo, feliz, pleno, a sensação de ser suficiente em si mesmo e a forma de chegar a isso, também a conexão entre o indivíduo e o livro, saṃbandha, de que forma chego na meta - através do conhecimento fornecido pelo livro.
E, continua, no segundo verso, “nós falaremos agora desse método de discriminação daquilo que é real”, a verdade desse universo, do criador. A discriminação entre o que perece e o imperecível. Existe um imperecível? E, existindo, o que é esse imperecível? Que seja uma forma de levar a mokṣa, a libertação.
Essa libertação é levada ao adhikārī, a pessoa qualificada. A pessoa qualificada é aquela que tem sādhanacatuṣṭaya: quatro qualificações. Essas quatro qualificações são:
1) a discriminação entre aquilo que é eterno e o que não eterno;
2) desapego;
3) grupo de seis qualidades da mente começando por uma mente objetiva, em paz e recetiva (não-reativa), tranquila, organizada e disciplinada;
4) o desejo pela libertação, um desejo maior pelo autoconhecimento.
O eterno é um, livre de limitação, não pode ser dois, senão é limitado, e o nome desse é brahman, “o maior de tudo”. Tudo o resto, que é diferente desse, é então não-eterno, perecível, limitado em termos de tempo (kāla), espaço (deśa) e forma (vastu). Essa é a discriminação entre o eterno e não-eterno.
Desapego, virāga/vairāgya, é a ausência do desejo por coisas (objetos, relacionamentos, etc) deste ou de outro mundo (svarga loka) e, também, da ilusão que essas coisas vão trazer a felicidade permanente.
A riqueza de qualificações da mente é: śama, dama, uparama, titikṣā, śraddhā e samādhāna.
Śama é “manonigraha”, um comando sobre a mente, a capacidade de não deixar que a mente se torne emocional demais, ou surjam demasiados desejos, gostos e aversões. E, ainda, conhecer bem a mente.
Dama é a capacidade de segurar “o fio de todo o corpo”. Depois de perder o controlo da mente, ter a capacidade de segurar a palavra, o gesto, a ação (que poderia agravar ainda mais a situação).
A professora conta a história e a utilidade do caderninho para anotar as situações que nos irritam e que, com o tempo, nos leva a conhecermo-nos melhor.A aula começa com o canto do primeiro verso do livro, a oração, que introduz o livro. A professora Gloria explica que este verso é uma saudação ao mestre que escreveu o livro e a apresentação dos quatro pontos básicos de um livro: o adhikārī, a pessoa a quem se dirige (“mumukṣunam” - as pessoas que desejam a liberação do sentimento de limitação), o tema (viṣaya – “tattvabodhaḥ”, conhecimento da verdade, do real, livre da limitação) e phala, o fruto, o resultado final – “hita”, o bem para que se esteja bem consigo mesmo, feliz, pleno, a sensação de ser suficiente em si mesmo e a forma de chegar a isso, também a conexão entre o indivíduo e o livro, saṃbandha, de que forma chego na meta - através do conhecimento fornecido pelo livro.
E, continua, no segundo verso, “nós falaremos agora desse método de discriminação daquilo que é real”, a verdade desse universo, do criador. A discriminação entre o que perece e o imperecível. Existe um imperecível? E, existindo, o que é esse imperecível? Que seja uma forma de levar a mokṣa, a libertação.
Essa libertação é levada ao adhikārī, a pessoa qualificada. A pessoa qualificada é aquela que tem sādhanacatuṣṭaya: quatro qualificações. Essas quatro qualificações são:
1) a discriminação entre aquilo que é eterno e o que não eterno;
2) desapego;
3) grupo de seis qualidades da mente começando por uma mente objetiva, em paz e recetiva (não-reativa), tranquila, organizada e disciplinada;
4) o desejo pela libertação, um desejo maior pelo autoconhecimento.
O eterno é um, livre de limitação, não pode ser dois, senão é limitado, e o nome desse é brahman, “o maior de tudo”. Tudo o resto, que é diferente desse, é então não-eterno, perecível, limitado em termos de tempo (kāla), espaço (deśa) e forma (vastu). Essa é a discriminação entre o eterno e não-eterno.
Desapego, virāga/vairāgya, é a ausência do desejo por coisas (objetos, relacionamentos, etc) deste ou de outro mundo (svarga loka) e, também, da ilusão que essas coisas vão trazer a felicidade permanente.
A riqueza de qualificações da mente é: śama, dama, uparama, titikṣā, śraddhā e samādhāna.
Śama é “manonigraha”, um comando sobre a mente, a capacidade de não deixar que a mente se torne emocional demais, ou surjam demasiados desejos, gostos e aversões. E, ainda, conhecer bem a mente.
Dama é a capacidade de segurar “o fio de todo o corpo”. Depois de perder o controlo da mente, ter a capacidade de segurar a palavra, o gesto, a ação (que poderia agravar ainda mais a situação).
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