quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Resumo Aula 6 Upadesha Saram - Pazpazes, Porto

Duração da aula 1h12m58s;

Cântico iniciais e leitura até ao verso 14.

A sensação de conflito constante do ser humano. A percepção de uma ordem cósmica é chamada de "a atitude de devoto", não um ato, ritual ou oração, mas a descoberta de uma ordem cósmica e a descoberta da sua relação com ela. As leis infalíveis mantidas por īśvara, "o criador", "o senhor", a causa do universo que o mantêm. A unidade que mantêm o corpo, a mente e todo o universo a funcionar. A lógica e a precisão da ordem infalível mesmo no que aparenta como sendo desordem. A resistência face à ordem que não está alinhado com o meu desejo enquanto indivíduo. O desejo cósmico é uma ordem cósmica que tudo mantêm. Ao perceber a ordem podemos sossegar. A capacidade de confiar na ordem é vital para conseguir relaxar. A pessoa que se relaciona com algo maior e descobre uma confiança nessa ordem é chamada aqui de devota.

O objectivo maior de todos é a meditação... pode ser um mantra que me traga à harmonia com o Todo até descobrir a minha natureza essencial como não sendo separado desse Todo.

Obstáculos à meditação: sono, distração, emoções e usufruir de um momento de felicidade; remédios para esses obstáculos. A meditação como um lugar para o surgir das memórias ou traumas interiorizados (a Mandukya Upanishad fala disso). Remédio para o 4º obstáculo - perceber que a felicidade não é produzida pela meditação mas que "eu sou a fonte de toda a felicidade".

O foco não está na meditação mas no meditador - essa paz sou eu mesmo. Não se resolvem todos os problemas desse corpo e mente mas aprende-se a lidar melhor comigo mesmo. No verso 7 diz que a meditação deve ser como um "fluxo de óleo constante". A meditação como o fluxo de um rio, ver que naturalmente corro para mim mesmo. Essa traz o fruto: uma paz, uma tranquilidade. Se isto não acontecer, algo está a correr mal, talvez uma exigência ou crítica.

História do barco à deriva e do "lótus do rio" em Calcutá. A natureza comum do ser humano. A capacidade de entender o outro, estender a sua compreensão é um fruto da meditação. A eliminação da dualidade entre o meditador e o meditado. A meditação mais elevada e a devoção.

Análise do verso 9: "existem vários níveis da devoção: a sadhana bhakti e sadhya bhakti. A devoçao "Eu diferente do Todo" (dualidade), reverência ao universo sendo separado dele e sadhya sadhana: a devoção que acaba com as diferenças, como o amor - "Eu não estou à parte do universo físico". O corpo é a manifestação dos cinco elementos e fisicamente e emocionalmente eu não estou à parte do universo. A descoberta da não separação, da existência de apenas Um, o conhecimento completa a devoção pois o conhecimento é a maior devoção - esse é o maior devoto, aquele que acolhe tudo.

A maior devoção é uma chama de compreensão onde toda a noção de separação dissolve-se. As diferenças são apenas conceitos, a essência é mais importante - olhar mais além leva-nos a perceber uma realidade mais profunda. História dos desenhos e figuras que revelam a figura de Jesus e o foco na visão. No início, apenas se vê a dualidade, depois a unidade, depois o espaço de ambos.

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